Saiu na Mídia
Sumário
TV Justiça (ago/2023)
O vídeo é uma edição do programa online “Tá na Web”, cujo principal tema de discussão é o lipedema, uma doença caracterizada pelo acúmulo anormal de gordura em regiões específicas do corpo como pernas, braços e coxas. A doença, que ganhou status oficial em 2022, atinge principalmente mulheres e recentemente se tornou um tópico de grande interesse na internet. Esse pico de interesse foi impulsionado por uma reportagem do programa “Mais Você” da TV Globo, na qual a repórter Juliana Massoka falou sobre seu próprio diagnóstico de lipedema. Após a reportagem, Juliana também compartilhou mais sobre sua experiência nas redes sociais. No programa “Tá na Web”, ela convidou o médico cirurgião vascular Alexandre Amato, presidente da Associação Brasileira de Lipedema, e o advogado Marvin Gomes para discutir sobre aspectos médicos, tratamentos e questões jurídicas relacionadas ao lipedema.
O vídeo é uma edição do programa online “Tá na Web” que aborda o tema do lipedema. A repórter Juliana Maçoka compartilha sua experiência pessoal com a doença e discute o impacto desta em sua saúde física e mental. O programa convida o médico cirurgião vascular Alexandre Amato, presidente da Associação Brasileira de Lipedema, e o advogado Marvin Gomes para aprofundar a discussão sobre os aspectos médicos e jurídicos do lipedema. O vídeo destaca a importância de disseminar informações corretas sobre o lipedema e alerta para os perigos das fake news. Além disso, o programa também discute brevemente outros tópicos como a restituição do imposto de renda e a expansão do bloco BRICS.
Olá começa agora mais um tá na web o programa que te deixa por dentro dos assuntos que estão sendo mais comentados e pesquisados na internet nos últimos dias Hoje vamos falar sobre o lipedema esse assunto que ocupou os Trends do Google frequentemente ele é confundido com a obesidade lhe efedema ganhou status de doença em 2022 ela é caracterizada pelo acúmulo anormal de gordura em regiões específicas do corpo como pernas braços e coxas a doença comete quase que exclusivamente mulheres e esse assunto ganhou destaque na internet nos últimos dias porque após a exibição de uma reportagem no programa Mas você da TV Globo em que a repórter Juliana maçaoka ela fala sobre o diagnóstico de lipedema ela também publicou em suas redes sociais um vídeo contando um pouco mais sobre o diagnóstico vamos ver Oi eu sou a Juma saoca E essas imagens aí mostrando minhas pernas são para falar de lhe perder uma doença que causa acúmulo desproporcional de gordura nos membros e faz com que as minhas pernas fiquem assim roliças agora se fosse só uma questão estética talvez eu nem viesse falar disso com vocês mas o lhe pedema prejudica uma série de funções do corpo começando com a saúde mental olha essas fotos antigas e ver a quantidade de efeito sanfona que é o que eu passei por conta de dietas que não funcionavam porque essa gordura é mais difícil de sair Além disso ele perder uma causa dor inchaço varizes cansaço olha muita coisa no Brasil estima-se que uma em cada 10 mulheres tenha essa doença e é muito importante falar sobre ela e agora vamos falar sobre o lipedema com especialistas que conversam conosco a partir de agora vamos falar sobre os riscos como tratar e as questões jurídicas que envolvem o assunto sim tem questão jurídica também a gente vai falar sobre tudo isso aqui no tá na web eu converso a partir de agora com advogado Marvin Gomes e o médico cirurgião vascular e Presidente da Associação Brasileira de lipedema doutora Alexandre Amato sejam muito bem-vindos obrigada pela participação de vocês em primeiro lugar vou começar com doutor Amato conta pra gente o que é o lipedema quais os sintomas e geralmente ele aparece a incidência maior o que na adolescência na vida adulta [Música] gordura simétrica ou seja do lado esquerdo ele é muito semelhante do lado direito ele pode acontecer superiores também mas não é uma gordura normal é uma gordura que inflama muito fácil Tais muitos sintomas sintomas [Música] [Música] Então a primeira menstruação numa gestação ou mesmo na menopausa [Música] Dr Marvin seja bem-vindo novamente conta pra gente o senhor escreveu alguns artigos sobre o tema e esse assunto lhe pedema que nós já abordamos aqui na abertura ele acomete a preferencialmente quase que em todos os casos mulheres né como esse assunto entrou no radar do Senhor e por quê Conta pra gente no nosso escritório nós trabalhamos né com muitas demandas de negativas de plano de saúde então quando eu falei no finalzinho do ano de 2022 onde os nossos colaboradoras ela nos contactou informando que estava sofrendo com essa questão do Lipo edema que foi até o médico especialista do plano de saúde dela E aí o médico identificou que ela estava realmente ali acometida então foi com base nisso que a gente começou a entender melhor como que funcionava essa doença foi pesquisar foi buscar também como é princípio aquilo no nosso escritório vai educar os nossos clientes né educar as pessoas que não seguem que nos procuram então no nosso blog nós começamos a divulgar ali artigos informando o que ela tem problema como você pode cuidar dessa doença Quais são as medidas jurídicas e extrajudiciais cabíveis para resolver esse problema junto aos planos de saúde também junto ao sistema único de saúde perfeito A informação é de uma potência é importantíssima porque muitas pessoas associam a obesidade não é obesidade a questão genética pode até ter um componente genético mas não é só isso né então qual é a importância dessa informação informação de qualidade nós exibimos que a colega jornalista da TV Globo colocou nas redes sociais a emissora também fez uma reportagem longa sobre o assunto esclarecimento é fundamental até porque o diagnóstico Esse é um tema sensível né Doutor O diagnóstico é muito complicado as mulheres dizem que ficam meses até anos até conseguir descobrir o que tem [Música] obesidade porque porque aumenta o peso tem um peso maior aí as pessoas acabam achando que é obesidade E aí faz o tratamento com edema como se fosse obesidade então a dieta probesidade exercício probesidade medicamento da obesidade e não vem resultado porque não é a mesma doença para conseguir resultado tem que tratar como a questão é nem todo mundo consegue fazer o diagnóstico porque pode estar olhando só com o pênis no versus altura e Tem outros critérios que devem ser utilizados agora o médico ele também pode acabar confundindo [Música] não tem obesidade pode ter obesidade também associada muitas vezes a história da mulher é essa ela passa a vida como perder peso volume nas pernas tentando diminuir essa esse incômodo nas pernas e não consegue aí um dia ela desencana e fala Olha agora eu não vou fazer mais exercício e vou comer o que eu quero também porque nada dá certo para mim e aí vem a obesidade em cima e o problema é maior ainda são dois problemas para serem tratados na gordura porque as mulheres sente dores né Doutor obesidade não dói me pegou não dói muito Embora tenha um outro caso que ele não tem a dor na grande maioria 90% vão ter perfeito Dr Marvin um tema sensível agora negativa dos planos de saúde né tivemos até um julgado recente do Superior Tribunal de Justiça mas a gente sabe que infelizmente essa é uma realidade ainda sobretudo aos pacientes com o lipedema em alguns casos depois Doutora mato até eh faz uma colocação se achar necessário a lipoaspiração ela pode ser indicada e a paciente procura o SUS ou o plano de saúde se depara com a negativa essa é uma realidade Doutor Marvin e como a sua colaboradora do escritório ela conseguiu ver a administrativa ali ou precisou judicializar conspiração ela realmente é uma das melhores formas inclusive ela atualmente se torna praticamente que a única via de resolução do problema de forma definitiva mais claro antes de fazer uma lipoaspiração é necessário que se passe por tratamentos anteriores né uma drenagem linfática uma mudança na alimentação e daí o tratamento de epidema e disse realmente multidisciplinar no caso dela do nosso colaboradora nós buscamos ali a resolução do problema de forma extrajudicial então conversando com o saque conversando com ouvidoria do plano de saúde dela nós conseguimos ali a concessão do tratamento dela para posteriormente ela fazer a realização da lipo aspiração e o grande problema que ocorre é que o sistema único de saúde consideram ainda que essa é uma doença o tratamento primeiramente estético então eles colocam muita dificuldade de forma Auto Posto forma uma questão estética para não conceder ali o tratamento definitivo isso é um problema porque porque como o doutor bem falou muitas mulheres se queixam ao longo de vários e vários e vários anos o diagnóstico é muito difícil e para que essa pessoa para que essa mulher ela consiga o tratamento dela ser coberta pelo plano de saúde ela precisa de um diagnóstico definitivo por um médico especialista na área pode ser um médico aí que seja especialista do plano de saúde ou não pode ou não ser conveniado daí se realmente interessante que essa mulher faça toda esse acompanhamento disciplinar e procure o plano de saúde para conversar para apresentar o problema dela Lembrando que o plano de saúde Opa travou um pouquinho vamos passar para tua mamato enquanto a gente resolve esse problema operacional aqui da Internet do Marvin Doutora Marta explica pra gente Quais são os tratamentos a gente citou aqui a lipoaspiração eu acho que é uma estratégia né tem outras tem algum remédio para melhorar estudar 12 milhões de mulheres no Brasil imagina se a única a possibilidade do tratamento fosse a cirurgia tinha que operar muita gente então a cirurgia ela é um recurso de exceção para aquela que fazendo o tratamento conservador fazendo tratamento Clínico não teve esse problema infelizmente tem muita gente colocando na cabeça e aí por isso que a divulgação do assunto é muito importante que Fez o diagnóstico de problema tem que operar e não tem a grande maioria não precisa é possível atingir a melhor sintomas dor inchaço tudo sem a cirurgia agora a cirurgia entra assim normalmente em que se esgotou as possibilidades de tratamento conservador e aí a cirurgia ainda com algo a mais como recurso a mais infelizmente quando as mulheres vem que existe a possibilidade cirúrgica e tem aí a parte mental associada com uma ansiedade muito grande eu quero resolver para ontem o problema para resolver para ontem é só a cirurgia que seria capaz de fazer isso né mas o correto seria como se iniciar o tratamento Clínico conservador na maneira correta para aí sim você vai ter ou não benefício Alexandra mato só para a gente amarrar que rapidinho e finalizar hábitos de vida saudáveis também tem que estar no radar dessa paciente né sim é essencial entendendo ele piora com qualquer coisa que inflama entre eles o hábito de vida inflamatório que pode fazer tudo isso acaba desencadeando a inflamação crônica no nosso corpo e piorando o impedema Então a gente tem sim que buscar hábitos de vida saudáveis E aí todo mundo já sabe já ouviu falar né hidratação exercício físico [Música] inflamatórios tudo isso ajuda perfeito a gente tava batendo um papo aqui você que nos acompanha no programa percebeu ali uma tela né que ficou preta num determinado momento porque eu programar ao vivo de tomar vinte teve problema com a conexão já restabelecemos agora eu passo a palavra para suas considerações finais da tua margem Gomes que tem todo um trabalho de conscientização também o jurídico aliado a direitos garantias e a saúde também dessa mulher né suas considerações finais sobre lipedema pronto então a recomendação que nós deixamos né que em nome do escritório é que todas as mulheres que sofrem com esse problema procure na sua plano de saúde procurem ajuda de um médico especialista ele a pessoa correta para indicar qual o tratamento vai se adequado ao seu caso que aí converse com seu plano de saúde para mostrar esse receitário médico o tratamento que será utilizado e com base nisso buscar os seus melhores direitos seja na vida extrajudicial quer seja na vista judicial no caso aí já vê a negativa do plano de saúde ontem sempre com apoio de advogado especialista na área para que possa lhe ajudar da melhor maneira possível perfeito de tomar víngomes não posso finalizar sem pedir Doutora mato para deixar aqui os canais de comunicação da Associação Brasileira de lipedema o senhor que Preside a associação que também é uma ferramenta importantíssima para essas mulheres que estão ainda em fase de descoberta ou que querem saber mais sobre o diagnóstico por gentileza a Associação Brasileira de npdrama Ela tá no site [Música] www.pbma.org.br.br é que sem filmes lucrativos Associação só tem o intuito de divulgar a informação de qualidade sobre o assunto porque realmente com muita gente falando e tem muita gente falando besteira perigosa também então a gente precisa centralizar isso no local que a gente tem médico de qualidade Associação tem esse foco divulgar e ensinar pacientes e médicos perfeito muito obrigada ao advogado Marvin Gomes muito obrigada ao médico e Presidente da Associação Brasileira de lipedema Alexandre Amato muito grato ao Senhor Vamos agora para as telas vamos dar uma olhada em outros temas buscados no Google Trends vamos lá vamos lá para as telas que foram destaque no Google Trends restituição do imposto de renda com mais de mil pesquisas vão mudar uma olhadinha aqui restituição Ficou ali no topo do ranking por quê Porque nesta quinta-feira a Receita Federal abriu a consulta ao quarto lote de restituição do Imposto de Renda pessoa física 2023 também serão contempladas nesse lote restituições residuais de exercícios anteriores o lote abrange pouco Maggi 6 milhões de contribuintes eu estou nessa lista que bom e o pagamento das restituições está agendado para o dia 31 de agosto vamos lá agora para outro assunto também que ocupou o topo do ranking ali das pesquisas ao lado de futebol política porque isso brics vamos lá o assunto qual é o assunto é brics porque brix porque os cinco países do bloco concordaram com a expansão do grupo formado por países de grandes economias emergentes agora vamos lembrar Quais os países que já integram o brics a gente preparou uma tela aqui para vocês conseguirem visualizar os países que já integram o brics quais são Brasil Rússia índia China e África do Sul esses cinco países eles endossaram concordaram a Adesão a partir de 1º de Janeiro de 2024 de outros países quais Emirados Árabes Unidos Arábia Saudita Irã Argentina Egito e Etiópia por isso brics no topo do ranking nas pesquisas nos últimos dias por essa expansão do bloco é isso agora vamos fazer uma pausa rápida e voltamos já não saia daí [Música] [Música] tá na web está de volta para esclarecer um tema de interesse público que andou confundindo muitos motoristas por aí vamos ver [Música] circula nas redes sociais fake News alertando que as placas de veículos automotores terão que conter cidade-estado novamente essa informação não procede pois se trata tão somente de um projeto de lei em tramitação no senado federal protocolado recentemente em junho de 2023 que Visa esse retorno dessa informação justamente para auxiliar na segurança pública salva o melhor juízo e as intenções dos nossos senadores é especialmente o senador relator esse tipo de mudança e essa falta de estabilidade especialmente nessa questão que envolve as placas Mercosul só traz prejuízo para o cidadão e além de tudo né Para aqueles que fornecem também essas placas porque a falta de estabilidade da legislação é muito mais prejudicial do que o eventual benefício que essa informação nas placas possa trazer e sobre esse tema eu converso agora com o advogado que é especialista em gestão e direito de trânsito Carlos Domingos Crepaldi Júnior Olá Carlos seja muito bem-vindo boa tarde por participar conosco a sua colega já esclareceu algumas questões aqui em primeiro lugar eu quero que você explique para a gente essa regra ela já está em vigor nós tivemos um período de adaptação de transição hoje a placa do Mercosul é obrigatório em todo país Carlos Boa tarde Rafael eu todos que nos acompanham a participar aqui com vocês a questão da Placas Mercosul Hoje nós só tem uma obrigatoriedades em alguns sentidos tá quem tem a placa antiga aquela placa cinza ela não precisa fazer alteração a não ser nos casos em que a placa seja perdida seja necessário pedir uma nova em casos de furto roubo do veículo que você tenha que fazer uma documentação adicional quando você vende esse veículo e ele é transferido de município ou transferido de Estado então ele vai ser necessário que seja instalado essa placa Mercosul ou quando há necessidade da instalação de uma segunda placa traseira quando a gente vai ter uma obstrução da placa traseira por alguma algum elemento alguma coisa que está sendo rebocada por aquele veículo né e também existe a necessidade de instalação de uma segunda que você não possuía anterior então aí a gente tem que fazer quando a placa Mercosul do contrário a placa cinza que é aquela placa antiga caracteres alfanoéricos e lacre físico ela permanece válida até o sucateamento do veículo se não houvesse as situações elas circulando por aí essa desinformação de que aquela placa cinza né Voltaria a valer e o governo ia derrubar essa placa do Mercosul isso não existe a gente já explicou é um projeto de lei e o senador Espiridião Amim do PP de Santa Catarina Quando Ele propôs essa esse projeto que está em debate no Parlamento ele argumentou várias questões entre elas a dificuldade na nas multas de trânsito para Roubos de Veículos ele citou ali até uma questão Regional de orgulho da cidade Poxa agora não tem mas o nome da minha cidade do meu Município enfim do Estado ali como é que o senhor avalia essa mudança foi positiva para os motoristas e esse debate já que estamos no âmbito do debate ainda é importante também vai confundir mais os motoristas Então existe pessoas que são favoráveis a alteração de quando se retirou o nome Unidade Federativa das placas muitos diziam que quando você visitava alguma outra cidade ou quando você ia para algum evento festivo agentes de trânsito policiais acabavam olhando que os condutores eram de fora daquele município temporada de férias e acabavam fazendo mais infrações o que a gente sabe que na prática não é verdade mas existia essa situação e tem aquelas pessoas que entendem que foi pior porque você não sabe veículo se o veículo tem uma placa que pode ter sido clonada pode ter sido copiada Então as opiniões são praticamente diferentes entendeu cada um tem a sua a minha na prática é que o ausência da Unidade Federativa e da cidade e acaba sendo um pouco prejudicial no na prática porque fica mais difícil de se identificar em uma questão de autuação por uma leitura errada um sistema de ucr alguma coisa mas é efetivamente não se tem prejuízo visível com as alterações Eu acho que o prejuízo dessa desinformação E aí a gente pode pensar em segurança jurídica também né Insegurança do ponto de vista dos motoristas não saberem né O que tá valendo agora e aí o que que eu preciso fazer então a informação de qualidade e apuração quando o motorista estiver dúvida é essencial né Eu sou integra uma entidade uma associação também a colega advogada que nós vimos há pouco né se o senhor se deparam com essas questões assim com desinformação com motorista perdido em relação a placa ou outras questões envolvendo o trânsito e direito Tem sim as fake News relacionadas relacionadas ao trânsito são constantes Inclusive a gente tem fake News Todo começo de ano falando que vai aumentar a multa de trânsito aumentar os valores que agora as multas vão suspender a CNH e é são as mesmas fake News repetidas constantemente e as pessoas elas têm que ficar atentas pelo seguinte quando receber qualquer situação de trânsito via WhatsApp eu via aplicativo de mensagens a primeira orientação é desconfie não confie em qualquer mensagem que você receba a respeito de trânsito a gente tem hoje no site do Planalto se você digitar no Google CTB ele vai te remeter direto para legislação que é o código de trânsito brasileiro e aí se a gente não conseguir achar ali a informação que a gente tá procurando o mais correta que se verifique no portal do Detran da sua Unidade Federativa os endereços são padrões Então você vai colocar lá www.detran por exemplo SP São paulo.gov.br E aí você vai ter ações oficiais referentes àquela situação geralmente essas fake News são abordadas em Notícias nesses portais aí a gente já sabe qual que é a realidade perfeito agora Dr Carlos pra gente finalizar já falamos no início sobre a obrigatoriedade né dessa placa do Mercosul não só deixou Claro agora a obrigatoriedade de andar com placa o carro precisa ter uma placa de identificação ali né até quando ele tá no reboque também quais são as regras sim os veículos precisam ter placas o automóvel carro que a gente conhece ele precisa de placa dianteira e traseira e alguns outros veículos só de placa traseira é o caso de triciclo reboque alguns outros tipos de quadriciclo isso está precisando de placas traseiros mas todo veículo que circula em via pública no território nacional precisa de placa de identificação E aí é importante a gente já mencionar que essas placas de identificação sejam elas as do padrão antigo sejam do padrão Mercosul Elas têm que sempre ter condição de legibilidade e visibilidade tá se a gente tiver qualquer prejuízo Nessa situação a gente tem infração de trânsito perfeito já é perguntar para o senhor que não tem não está legível não tem placa leva multa e a multa gravíssima que ela é mais cara multa gravíssima a medida administrativa de remoção do veículo existe ainda não código de trânsito por conta de uma a gente pode chamar de erro legislativo a penalidade de apreensão Só que essa penalidade foi removida do código já para uma outra lei só que não alteraram na no Capítulo das infrações essa situação mas existe hoje na prática é a questão da remoção que é de administrativa ela geralmente é afastada que existe no artigo 271 parágrafo 9º a a questão de que se o veículo cometer essa infração de estar sem placa ou de estar com placa ilegível sem visibilidade Mas ele foi abordado tivesse a situação a gente ele sabe que essa situação não traz um risco para o trânsito o veículo sem placas e isso com outras pessoas então ele vai liberar esse veículo e vai fixar um prazo não superior a 15 dias para que esse veículo sany essa irregularidade ou seja tá sem placa tem 15 dias para colocar aquela placa ali e retornar lá onde ele foi autuado onde ele foi multado né no jargão popular para provar que ele regularizou a situação e é importante mencionar que se ele for atuado agora por exemplo duas horas da tarde por um agente no quilômetro 1 e ele parar no segundo posto policial na sequência de uma viagem no quilômetro 10 o fato dele já ter tido uma ordem atrás não impede ele disse autuado novamente para aquela situação embora isso seja questionável depois juridicamente mas na prática ele pode levar ali uma outra infração de Júnior muito obrigada viu pela participação pelas orientações todas conosco muito obrigada e até a próxima Eu que agradeço como participar obrigado a gente vai para as redes sociais lembrando a você que nos acompanha que vê mas se você quiser rever o programa pelas redes sociais é só seguir a gente procurar o tá na web nós estamos no arroba rádio TV Justiça estamos no Instagram Twitter YouTube Spotify muito obrigada pela sua companhia para rever o programa nós estamos na TV Justiça em vários horários alternativos viu a gente se encontra ao longo da programação [Música] [Música]
Manhã de Piedade
Embarque nesta conversa fascinante e esclarecedora sobre a doença crônica conhecida como lipedema, que afeta 11% das mulheres em todo o mundo. Neste vídeo, nós conversamos com o médico Dr. Alexandre Amato, cirurgião vascular e professor da Universidade Santo Amaro, que nos oferece um olhar aprofundado sobre esta condição desafiadora.
Dr. Amato detalha os sintomas, causas e o processo de diagnóstico do lipedema, além de desmistificar algumas das confusões comuns que as pessoas têm sobre a doença. Ele discute a importância de identificar os gatilhos inflamatórios e a importância do tratamento conservador, além de responder à pergunta muito comum: “A drenagem linfática ajuda?”
Descubra a diferença entre lipedema e linfedema, duas condições que muitas vezes são confundidas devido à semelhança de seus nomes. O Dr. Amato também fala sobre as possíveis consequências de não tratar o lipedema e o impacto que a doença pode ter na vida de uma mulher.
Este vídeo é um recurso valioso para aqueles que procuram entender melhor o lipedema, seja para apoiar um ente querido ou para gerenciar a própria condição. Não perca a oportunidade de aprender com um especialista da área. Assista agora!
O vídeo discute a doença crônica chamada lipedema, que afeta 11% das mulheres em todo o mundo. Os sintomas incluem acúmulo de gordura em áreas específicas, como quadris, nádegas, pernas e tornozelos, o que pode levar a uma aparência desproporcional. O médico convidado, Dr. Alexandre Amato, cirurgião vascular e professor da Universidade Santo Amaro, explica que a doença é caracterizada pela deposição de gordura e inflamação, causando sintomas como inchaço, dor, sensibilidade ao toque e aparecimento de hematomas.
O lipedema é uma doença genética e é mais provável que seja expressa em mulheres, particularmente durante fases de variação hormonal intensa, como a puberdade, gravidez e menopausa. Acredita-se que o uso de pílulas anticoncepcionais também possa desencadear a doença.
O lipedema é diferente do linfedema, uma condição caracterizada por acúmulo de líquido fora dos vasos, enquanto o lipedema envolve deposição de gordura inflamada. Os sintomas inflamatórios do lipedema variam, com períodos de piora e melhora. O objetivo do tratamento é principalmente aliviar a dor e a sensação de peso, além de melhorar a mobilidade.
O diagnóstico é principalmente clínico, com base em conversas com o paciente e exame físico. O tratamento pode ser cirúrgico ou conservador, envolvendo aspectos como a psicoterapia, meditação, yoga, drenagem linfática e fortalecimento muscular. A lipoaspiração pode ser uma ferramenta útil, mas não é uma cura definitiva.
Além disso, o Dr. Alexandre Amato menciona que alguns alimentos inflamatórios, como trigo, glúten, leite, sal e açúcar, podem desencadear a inflamação, e que a obesidade pode piorar os sintomas do lipedema. Ele enfatiza a importância de tratar ambas as condições simultaneamente, se presentes.
Gente, é o seguinte: lipedema é uma doença crônica que atinge 11% das mulheres em todo o mundo. O principal sintoma é o acúmulo de gordura em locais específicos do corpo, como quadris, nádegas, pernas e tornozelos, causando uma aparência desproporcional ao restante do corpo. Ela não tem cura e evolui de maneira progressiva. Para nos explicar mais sobre o lipedema, nós conversamos agora com o médico doutor Alexandre Amato, cirurgião vascular e professor da Universidade Santo Amaro. Bom dia, doutor Alexandre, seja bem-vindo ao Manhã da Piedade.
Bom dia, tudo bem? Muito obrigado pelo convite.
Doutor Alexandre, além do acúmulo de gorduras, os lipedemas podem causar outros sintomas e a gente tem algumas fotos, né? Eu vou já colocar umas fotos enquanto o senhor responde. O lipedema traz vários sintomas. Ela é uma doença da gordura, do sistema linfático, que é caracterizada pela deposição de
gordura, mas também pela inflamação. E a inflamação traz vários sintomas, como a sensação de inchaço, dor, sensibilidade ao toque, também o aparecimento de roxos, de equimoses, aqueles roxinhos que vão aparecendo sem motivo aparente, a famosa fragilidade capilar, e isso é muito frequente nas crises inflamatórias do lipedema e isso desencadeia a deposição de gordura. Então, é uma doença crônica, de evolução lenta e progressiva, que acomete principalmente as mulheres.
Doutor Alexandre, quais são as causas dos lipedemas? O lipedema, ele tem característica genética, é hereditária, então você herda isso de alguém da sua família, tanto do lado materno quanto do lado paterno. A questão é que a doença se expressa ou aparece somente nas mulheres, então ela pode pular alguma geração, então tanto que algumas pessoas falam que é a composição corporal da família, mas isso é, na verdade, uma questão genética. Agora, muita gente tem a genética, mas não expressa a doença também, porque não teve algum gatilho inflamatório, então existem pessoas que, apesar de carregar a doença, ou não expressaram a doença ainda, podem expressar no futuro, ou não vão expressar. Tem que ter uma grande variação hormonal, normalmente são as fases hormonais de intensa variação hormonal na vida da mulher que desencadeia a doença. Então, a puberdade, uma gestação, uma menopausa, por exemplo, normalmente acontece a piora depois desses momentos.
Doutor, o uso de pílula anticoncepcional também pode desencadear? Essa é uma questão bem discutível na literatura hoje em dia, o que eu vejo é que sim, pode desencadear. Eu já vi várias pacientes onde a pílula foi o fator inicial, o uso da pílula, mas a grande questão vem para as pílulas de baixa quantidade hormonal, se isso vai influenciar ou não. Pessoalmente, eu acredito que a variação hormonal é muito mais importante do que se a mulher toma o hormônio e mantém constante. Então, aquele negócio de ficar trocando pílula, trocando método anticoncepcional, tenta essa, depois tenta outra, ou desiste, essa variação é pior do que começar a tomar uma de baixa quantidade e continuar. Mas obviamente que isso depende de paciente para paciente, tem a questão da individualidade. Tem paciente que é mais sensível, tem paciente que é menos sensível a essa questão hormonal.
Entendi. Doutor Alexandre, qual é a diferença entre lipedema e linfedema? Essa pergunta é muito boa, porque primeiro os dois nomes se parecem e acho que essa é a grande maldição do lipedema, ter um nome parecido com linfedema. Então, quando a gente começa a falar de lipedema, as pessoas sempre falam, ah, você não tá querendo falar de linfedema, não? Mas são doenças separadas, mas que andam junto, principalmente no final, porque a fase final do lipedema é o lipolinfedema, que é a associação das duas doenças. O linfedema, normalmente, ele é assimétrico, ou seja, uma perna vai ser maior do que a outra. Enquanto o lipedema, as duas pernas são simétricas. O linfedema tem um acúmulo de líquido fora do vaso, no interstício, enquanto que o lipedema é uma deposição de gordura, uma gordura inflamada. Essa inflamação pode atrair líquido para dentro da célula, não para fora. Mas uma diferença muito significativa é com os sintomas inflamatórios, a dor. O linfedema não dói, o lipedema dói, tem a sensibilidade dolorosa tátil. Isso é uma diferença bem marcante entre as duas doenças.
Tanto é, doutor, por isso, então, que é chamado de Síndrome da Gordura Dolorosa? Exatamente, exatamente. Ela foi por muito tempo chamada de Síndrome da Gordura Dolorosa. Ela teve outros nomes durante toda a história. É uma doença que foi descrita em 1940. Aqui no Brasil chamava-se também de Lipofilia Membranes. Tem outros nomes. Agora, a Síndrome da Gordura Dolorosa, hoje, ela é um termo usado para uma outra doença que é a doença de Dercon. Também é um acúmulo de gordura doloroso. Mas foi muito usada para o lipedema e até os estudos se confundem, dependendo da época que a gente lê, por causa disso. Mas, por causa dessa característica, né? Realmente, é uma gordura que, ao tato, ela é muito sensível. Aí vem uma pergunta muito frequente, que é, puxa, mas eu tenho todas as outras características do lipedema e não tenho a dor. Então, não é lipedema? Não é isso que eu disse, né? Porque o lipedema é uma doença cíclica. Esses sintomas inflamatórios, eles pioram e melhoram em épocas da vida. Então, quando está numa fase pior, vai ter mais sintoma, pode ter mais dor. Quando está mais estável, está mais controlada a doença, pode ter menos dor e, às vezes, ficar sem dor. E, aliás, esse é o objetivo do tratamento. O objetivo visa a melhora sintomática. Ficar sem dor, principalmente, sem a sensação de peso, sem a sensação de inchaço nas pernas. A melhora estética, a melhora da celulite, daquele aspecto que as mulheres reclamam, vem como uma consequência, mas não é o objetivo primário. O objetivo primário é a mobilidade, voltar a caminhar sem nenhuma dificuldade. Isso pode acontecer nas fases mais avançadas do lipedema. E, secundariamente, melhorar os sintomas inflamatórios.
Você fez uma pergunta, eu divaguei para outros aspectos da doença. Não, mas está dentro, está dentro. Eu fiz a pergunta que é por isso que é chamado gordura dolorosa. Como que é feito o diagnóstico e como que é o tratamento? Enquanto o senhor fala assim, tem uma dúvida que eu tenho também. Drenagem linfática ajuda? Opa, ajuda bastante, faz parte do tratamento. Então, eu vou falar do diagnóstico. Isso, já falou do tratamento. O diagnóstico é essencialmente clínico. Então, é a conversa com o paciente e o exame físico, a gente já consegue falar se tem ou não tem lipedema. Isso é uma coisa que vem se perdendo com o passar do tempo. A gente fica cada vez mais dependente de exames subsidiários, exames de imagem bonito. Só que não é necessário isso para fazer o diagnóstico. É a conversa, uma conversa
… Não dá, uma conversa de cinco minutos não é possível resolver isso. Tem que ser mais tempo. E o exame físico.
Agora, o tratamento a gente consegue dividir em dois aspectos. Então, o tratamento cirúrgico e o tratamento conservador, o tratamento clínico. O tratamento cirúrgico é a lipoaspiração. Ela visa, em primeiro lugar, a melhora da mobilidade e a melhora sintomática. A melhora estética pode vir como consequência, mas não é o objetivo primário do tratamento cirúrgico. O tratamento conservador, clínico, tem vários aspectos que a gente tem que abordar.
Como o lipedema, ele traz uma ansiedade por várias razões, inclusive a inflamação crônica aumenta a ansiedade da mulher. Algumas podem ir até para a depressão, mas a grande maioria vai para a ansiedade. A gente tem que pensar no aspecto mental da doença. Então, psicoterapia, meditação, yoga, tudo isso ajuda. A gente tem que melhorar também o retorno linfático, com a drenagem linfática que você mencionou. Existem outras maneiras, mas a drenagem linfática ajuda bastante. A gente tem que encontrar o gatilho inflamatório, tem que entender o que está desencadeando essa inflamação na mulher. Se é uma questão alimentar, se é um medicamento, um trauma, obesidade, o que está influenciando. E o fortalecimento da musculatura, porque há uma sarcopenia, há uma perda da massa muscular nessa doença. E, obviamente, voltando e fazendo a conexão com o que eu falei anterior, considerar a lipoaspiração. A lipoaspiração não é obrigatória. A lipoaspiração é uma ferramenta no controle dos sintomas do lipedema. Infelizmente, algumas pessoas enxergam isso como uma cura definitiva do lipedema, e não é. Quem faz a lipoaspiração e não se preocupa com o tratamento conservador vai voltar a ter os sintomas da doença em pouco tempo. É necessário abordar em todos esses aspectos.
Quando o senhor fala, a gente precisa manter… Então, manter o peso também, né, doutor? Emagrecer, manter uma alimentação saudável. E aí eu pergunto para o senhor, existe algum alimento que ajuda a combater ou agravar mais essa doença? Essa pergunta também é muito legal. Porque, sim, tem alguns alimentos inflamatórios. São os alimentos que desencadeiam a inflamação. Esses alimentos podem variar de pessoa para pessoa, mas eu posso falar alguns dos mais comumente inflamatórios na população. O primeiro deles é o trigo e o glúten, que a sensibilidade é muito prevalente na população. E mesmo quem não tem a sensibilidade, o glúten aumenta a permeabilidade intestinal, permitindo aí que ocorra sensibilidade a outros alimentos. Outro é leite, sal, açúcar. Esses são bem frequentes na população.
Agora, a relação da obesidade com o lipedema é muito interessante. Porque, muitas vezes, a própria obesidade em si gera inflamação. Então, ela pode alimentar o lipedema. Mas a história de quem tem lipedema, normalmente, é a seguinte. São mulheres que tentam, durante a vida, perder peso. Então, tentam dieta, tentam exercício físico direcionado para a obesidade e não melhoram. Aí, um dia, elas pensam assim. Puxa vida, eu gosto de comer, não gosto de fazer exercício. Quer saber? Vou largar a mão. Aí, vem a obesidade em cima do lipedema. E aí, tem dois problemas para resolver. Normalmente, é um pouquinho mais difícil, mas, perfeitamente, factível. Mas, a gente tem que abordar as duas doenças ao mesmo tempo.
Entendi. Claríssimo, doutor. O assunto é tão vasto. A gente fica batendo papo a manhã toda aqui. Mas, o tempo não nos permite. Doutor Alexandre, suas considerações finais. O Instagram é doutor.alexandreamato e, também, nós temos da UNISOficial. Exatamente. A gente está no mês de conscientização do lipedema. Então, por isso que eu acho válido todo esse acesso que a gente teve para divulgar essa doença que acomete tantas mulheres. E, muitas vezes, o diagnóstico é tão tardio. Tão tardio. Então, quanto mais precoce a gente identifica a doença, mais a gente consegue ajudar e evitar a progressão para as fases piores do lipedema. Então, obrigado pela oportunidade e por ajudar tantas mulheres, Brasil afora.
Eu que agradeço o senhor parar o seu tempo para vir conversar conosco, para esclarecer. Convido você que nos acompanha e lá no perfil do doutor Alexandre, doutor.alexandreamato ou arroba UNISOficial. Acompanhe e pode mandar um DM para tirar as dúvidas, para marcar a consulta, né doutor? Com certeza, com certeza. Doutor Alexandre, muito obrigada. Deus abençoe, viu? Tudo de bom. Nós aqui vamos para mais um intervalo. É rapidinho, volto já já.
Manhã de notícias
Manhã repleta de informações valiosas sobre lipedema, um assunto pouco discutido, mas extremamente relevante para muitas mulheres. Agradecemos a presença do doutor Alexandre Amato, especialista no assunto, que nos trouxe um panorama completo sobre essa doença, seus sintomas, diagnóstico e tratamento. Aos nossos ouvintes, esperamos que essa entrevista tenha sido esclarecedora e encorajamos a busca por informações e apoio especializado caso se identifiquem com os sinais do lipedema. Lembre-se: o conhecimento é o primeiro passo para cuidar melhor de si mesmo e buscar uma vida mais saudável. Tenham um ótimo dia!
Nesta entrevista, o Dr. Alexandre Amato, cirurgião vascular especialista em lipedema, discute a condição, seus sintomas e opções de tratamento. O lipedema é uma deposição de gordura em membros, principalmente nas pernas, que pode inflamar facilmente e causar inchaço, sensibilidade ao toque e hematomas. A condição é hereditária e afeta principalmente mulheres.
O diagnóstico é feito através de uma conversa com o médico e exame físico, pois não há marcador laboratorial para o lipedema. O tratamento envolve reduzir a inflamação através de medicação, mudanças no estilo de vida e identificação de gatilhos inflamatórios. A dieta e o exercício são tratamentos naturais, mas devem ser adaptados para o lipedema, já que as estratégias alimentares para obesidade podem não ser eficazes.
O Dr. Amato enfatiza a importância do diagnóstico e da conscientização sobre a condição, já que muitas mulheres passam anos sem saber o que está causando seus sintomas. Ele recomenda que as pessoas interessadas em aprender mais sobre o lipedema visitem a Associação Brasileira de Lipedema e assistam aos vídeos em seu canal do YouTube, Instituto Amato.
Pacientes com lipedema podem trabalhar normalmente em qualquer emprego, mas podem enfrentar desafios como o uso de botas. O exercício físico é importante, mas deve ser feito com moderação e adaptado para o lipedema, já que exercícios de alta intensidade podem piorar a condição.
A entrevista destaca a importância do conhecimento e do apoio profissional para ajudar as mulheres a lidarem com o lipedema. O Dr. Amato compartilha sua satisfação em ver a mudança na percepção das mulheres sobre seus corpos e a melhoria de sua qualidade de vida após o diagnóstico e tratamento adequado. Ele pode ser encontrado no Instagram como @dr.alexandreamato e no YouTube no canal Instituto Amato, onde há uma playlist extensa sobre lipedema.
Bom dia.
Bom dia. Nós estamos aqui com o doutor Alexandre Amato,
cirurgião vascular especialista em lipedema, nesse momento 8 e 30. Tudo bem, doutor? Bom dia.
Tudo bem, bom dia.
Muito obrigado pelo convite. Obrigado, senhor. Com tanta agenda aí, tão difícil, tão requisitado, difícil conseguir o senhor. Fiquei muito feliz pelo senhor ter aceitado, viu? Obrigada. Que bom, bom.
Doutor, como tá o tempo aí em São Paulo? Tá frio?
Chovendo? Pois é, de ontem pra hoje esfriou bastante.
É uma mudança meio louca, mas vamos aproveitando. Choveu um pouquinho também, então isso é bom. É, nós estamos a semana inteira aqui. É chuva e sol. Chuva e sol. Eles estão alternando aqui as de saúde, né?
Pois é, pois é.
Doutor, vamos falar um pouquinho sobre lipedema?
Nós temos uma colega aqui que sempre está na rádio, inclusive faz parte da nossa bancada, mas hoje ela não pôde estar, que é a Juliana Pizzi. Ela assistiu uma entrevista do senhor falando sobre lipedema e desde então ela tem falado, Raquel, precisamos conversar sobre esse assunto, isso é muito importante.
E nós conseguimos uma boa agenda com o senhor.
Nós poderíamos falar sobre lipedema nessa manhã?
Com o maior prazer, é um assunto que eu adoro, se deixar eu fico falando não só amanhã, mas a tarde toda também.
Doutor, o que é o lipedema?
O lipedema é uma deposição de gordura em membros, pode ser membro inferior,
membro superior,
mas normalmente,
mais frequentemente membro inferior.
Mas é uma gordura que inflama muito fácil, é uma gordura que vai trazer vários outros sintomas, como uma sensação de inchaço,
vai trazer um ruxo nas pernas que aparecem sem grandes explicações,
a pessoa acha que bateu, mas não consegue lembrar de um trauma, nada disso.
Traz também uma sensibilidade ao toque, são pessoas que têm uma sensibilidade maior, um pequeno esbarrão pode parecer,
vem uma dor muito mais forte.
Tudo isso é associado com uma característica hereditária, ou seja, normalmente na família,
outras mulheres vão apresentar também essa característica.
Normalmente ocorre em mulheres, até pode acontecer em homens, mas é muito mais frequente em mulheres.
E há uma separação do corpo, o corpo superior ele é desproporcional ao corpo inferior,
então são pessoas que usam um número para a parte superior do corpo e um número completamente diferente para as pernas, por exemplo. Então tem essa dissociação entre a parte superior e a parte inferior do corpo.
Doutor, bom dia.
Muitas vezes se diz que essa doença,
acaba sendo até um pouco difícil de ser diagnosticada, por muitas pessoas, às vezes, não conhecerem. Como pode ser diagnosticada? Como ela é diagnosticada?
Bom, essa pergunta pode parecer simples, mas dá para elaborar uma resposta bem complicada em cima disso. Assim,
da forma simples é o seguinte, é anamnese e exame físico. O que é isso? É uma conversa com o médico e o exame.
Simples assim.
Só que tem um grande problema por trás disso. Ela é uma doença que, apesar de ter sido descrita em 1940,
nunca se descobriu um marcador laboratorial. O que quer dizer isso?
Não tem nenhum exame de laboratório que a gente faça e tira um pouquinho de sangue e que venha lipedema positivo.
Então, por causa disso,
ela foi meio que deixando de lado,
as pessoas começaram a desacreditar na existência
dela e ela acabou que não entrou no currículo básico da medicina. Então,
ela não é ensinada de rotina nas universidades. Eu sou professor universitário, eu faço questão de ensinar para os meus alunos, mas, normalmente,
isso não é ensinado para os médicos. Então,
cabe àqueles que tiveram interesse em se aprofundar nesse assunto depois de uma formação.
Então, isso dificulta um pouquinho o diagnóstico. Apesar disso,
existem já questionários validados para avaliar o risco de probabilidade de ter um lipedema. Então, respondendo algumas perguntas, a gente consegue ter essa percepção do pique,
da quantidade de risco.
O interessante é que, dentre esses questionários, a pergunta que mais é relevante é uma pergunta meio subjetiva.
É assim, você acredita que tem alguma coisa errada nas suas pernas e você não sabe o que?
Se você responde sim para isso, você já aumenta bastante a pontuação na probabilidade de ter lipedema. Não quer dizer que tenha, é simplesmente uma avaliação de risco, de probabilidade.
Sim, como se fosse um mistério das pernas ali, né?
É um mistério das pernas, com certeza.
assim,
exatamente pelo fato de não ter sido muito divulgada, mesmo dentro do meio médico, muitas vezes são pacientes que passam de médico em médico, ficam pulando de consultório em consultório com as mesmas queixas.
Muitas vezes encontram um ou outro probleminha para resolver. Então, por exemplo, é muito frequente um paciente com lipedema ter varízes. Ah,
porque lipedema causa varízes? Não, porque varízes é frequente na população em geral mesmo.
Então, aí a pessoa encontra lá duas ou três veinhas e coloca toda a culpa daquilo que ela sente, aquela sensação de dor, de peso,
aquela sensibilidade ao toque, ao roxo. Ah, então a culpa são as varízes. Vou lá tratar as varízes. Aí trata as varízes, as varízes desaparecem, fica esteticamente bonita sem as varízes, mas todos os sintomas se mantêm, porque não tem a relação nexo-causal, não eram as varízes que estavam causando aquele sintoma.
E isso é muito importante, porque os sintomas de varízes se confundem muito com os sintomas do lipedema. Então, aquela dor, aquela sensação de peso,
aquele inchaço também pode acontecer por causa de varízes. Então, a gente tem que separar uma coisa da outra. Isso é muito importante. Nossa, interessantíssimo.
E o público-alvo para esse caso do lipedema são as mulheres?
Ah, 99,9% acontece em mulheres.
Eu tenho uma… a minha estatística, ela é meio enviesada do consultório, porque eu trato muito lipedema. Então, acabo recebendo também alguns poucos homens com lipedema, mas essa não é a… o habitual.
O habitual é realmente acontecer em mulheres, porque tem uma influência hormonal muito grande.
Ah, entendi. Doutor, o senhor falou que é comum que essa doença possa ser hereditária, que alguém da família possa ter ou que já tenha tido.
Existe alguma idade específica ou alguma faixa etária onde começam a aparecer esses sintomas?
Sim, sim, existe. A faixa etária é a partir da influência hormonal, ou seja, a partir da puberdade.
Então, assim que a mulher entra… a menina, né, entra na puberdade,
ela passa a sofrer essa influência hormonal e pode acontecer o lipedema. E aí tem os grandes momentos de gatilho do início do lipedema, que são a puberdade, que eu já falei,
uma gestação e a menopausa.
Se a gente parar pra pensar, esses momentos são exatamente quando tem uma grande variação hormonal no corpo da mulher.
Às vezes pra mais, às vezes pra menos, mas na verdade é que tá subindo e descendo o hormônio.
Essa variação normalmente costuma desencadear o início da doença.
Apesar disso, a doença não é necessariamente hormonal. Ela é uma doença que tem todas essas características hereditárias e,
portanto, ela é genética.
A questão é,
todas essas doenças que têm essas características hereditárias e que é muito prevalente na população,
são doenças que são poligênicas, ou seja, não é um gene só que causa o lipedema. São vários genes.
E quando ela é poligênica, é muito mais difícil a gente rastrear qual que é o gene mais importante ou mais frequente nessa doença.
Quando a gente pega uma doença rara, é muito mais fácil, porque a gente pega umas 10 pessoas aí com essa doença, o ideal seria um 30,
aí a gente faz o sequenciamento genético, identifica qual o gene que tá alterado nessas pessoas, pronto,
encontramos o gene.
Agora, se a gente pega uma doença que é poligênica, quer dizer, eu pego 30 pessoas, vai com o lipedema, faço o sequenciamento genético de todas elas, e eu não vou ver o mesmo defeito em todas elas, então eu não consigo rastrear e falar olha, aquele gene ali que é o causador do lipedema, porque não é, pra uma pode ter sido, pra outra pode não ter sido.
Então, o que a gente sabe hoje em dia é que ela tem, sim,
toda característica genética hereditária.
As mulheres, quando descobrem que tem lipedema, normalmente elas contam, entre 60% a 70% das vezes, elas contam de familiares que têm as características do lipedema, então a gente consegue rastrear isso, né?
E sabe-se hoje em dia um ou outro gene que tá envolvido em todo esse processo, mas a gente não tem um mapeamento completo, não.
Bom, então precisa ser um especialista mesmo pra tá trabalhando ali, cuidando da pessoa com lipedema,
porque são várias… Ah, é uma doença muito mais complexa do que pode parecer. É, muito complexa. As pessoas falam, ah, é só gordura nas pernas, é só celulite.
Não, longe disso, porque ela envolve o corpo inteiro,
né? Normalmente é uma inflamação crônica de baixo grau que acaba desencadeando todo esse processo, e essa inflamação crônica de baixo grau pode ocorrer por qualquer situação.
Isso é reação do nosso corpo ao estresse,
ao estresse, que pode ser até estresse, estresse mesmo,
mas uma agressão. Pode ser uma agressão alimentar, pode ser uma agressão de um exercício físico mal feito, de um trauma,
de um medicamento utilizado.
Então,
realmente envolve muita coisa, né?
E no caso, a pessoa que tem lipedema, ela pode fazer exercício físico?
Pode,
deve fazer. A questão é que tem que fazer o exercício adequado ao lipedema.
É muito interessante que exercício físico, ele produz,
assim, eu vou simplificar, mas ele produz dois tipos de substâncias, substâncias anti-inflamatórias e substâncias inflamatórias.
Dependendo da intensidade do exercício, você vai produzir mais substâncias inflamatórias do que anti-inflamatórias, e isso é muito pro lipedema. Então, a gente tem que acertar a intensidade do exercício para que o exercício não piore o lipedema.
Então, a gente vai,
seria um exercício moderado,
um exercício moderado atingiria um nível de anti-inflamação maior do que inflamação.
Basicamente, quando a gente tenta ganhar músculo,
a gente tem que lesar fibras musculares para conseguir ganhar o músculo. E essa lesão,
que é natural, que tem que acontecer para quem está querendo ganhar músculo, ela gera inflamação. Então, a gente tem que tomar muito cuidado com isso.
Isso seria prejudicial para a pessoa que tem o lipedema, no caso?
Sim, sim. Exercício de altíssima intensidade normalmente piora o lipedema, dependendo da fase em que está no lipedema. Se estiver em uma fase já controlada, uma fase onde não tem tanta inflamação, a gente até pode arriscar um pouquinho mais de um exercício com maior intensidade.
Mas, assim,
em linhas gerais, o exercício físico faz parte do tratamento.
O exercício físico é essencial no controle da doença.
Então,
a gente poderia pensar até que a doença é desencadeada por hábitos de vida insalubres, né? Se a gente começa a ajustar os hábitos de vida,
a gente melhora toda a doença.
E o que que a pessoa poderia fazer para melhorar nessa questão?
Dieta, exercício, qual seria um tratamento adequado?
Eu acho assim,
não é o que você perguntou, mas eu vou falar, porque acho que antes de melhorar, tem que diagnosticar,
né?
Eu não vou deixar de responder a sua pergunta. Não, mas fique à vontade, doutora.
Mas é que a gente está falando de uma doença que atinge 12% das mulheres do Brasil, da 12 milhões de mulheres.
E pouquíssimas pessoas falam sobre o assunto.
Imagina quantas estão andando por aí com todas as queixas do lipedema e nem imaginam que tem.
Então, o primeiro é o diagnóstico,
aí depois a gente passa para o tratamento.
E o tratamento é interessante, em primeiro lugar, a gente tem que baixar toda essa inflamação.
Baixar a inflamação vai ser com medicação, vai ser com mudanças de hábito de vida,
tentar rastrear qual que foi o gatilho inflamatório para essa pessoa. Esse gatilho inflamatório muda de pessoa para pessoa, pode ser desde alimentar, pode ser falta de sono, pode ser de
forma que isso deixe de influenciar na inflamação dessa pessoa.
E a partir de então, a gente pode pensar na mudança volumétrica.
O volume da perna também incomoda, não só a inflamação.
Esse volume pode ser reduzido tanto por dieta e exercício direcionado para o lipedema. Normalmente, quando a gente faz a dieta e exercício para a obesidade, não costuma funcionar para o lipedema.
Então, tem que ser direcionado e também a cirurgia. A cirurgia seria a lipoaspiração. A lipoaspiração, a gente retira essa gordura doente das pernas,
de forma que diminui todo esse processo inflamatório e acaba diminuindo também o volume das pernas. Então,
basicamente, a gente tem essas ferramentas para melhorar a qualidade de vida da paciente.
Interessante quando a gente fala sobre dieta, né? Precisa emagrecer e perder as medidas,
o inchaço. Então,
faz uma dieta para emagrecer. Então, a dieta, um exemplo, a dieta da pessoa que precisa emagrecer não seria a mesma dieta de uma pessoa que tem lipedema? Seria diferente ou não?
Então,
veja que eu tenho que falar em linhas gerais aqui, né?
Então, falar genericamente, o que normalmente se costuma passar para emagrecer são dietas hipocalóricas, com uma diminuição de calorias, né?
Essa diminuição de calorias,
se não tiver uma diminuição da inflamação, ela não vai funcionar em quem tem lipedema.
E, normalmente,
a gente tem que rastrear qual foi o alimento que gerou essa inflamação. Então,
existem outras estratégias alimentares que são mais eficazes no tratamento do lipedema do que uma dieta hipocalórica. Então, a dieta hipocalórica, apesar de funcionar muito bem na obesidade,
ela não tem toda essa eficácia em quem tem lipedema. E, aliás, isso é também um dos critérios para o diagnóstico do lipedema. Então,
pessoas que tentaram emagrecer, emagrece o tronco, mas não emagrece as pernas, ou seja,
estava obesa também, fez dieta e exercício, perdeu a obesidade, mas não consegue perder a gordura nas pernas, que é o lipedema.
Então, essa é até uma característica aí que ajuda no diagnóstico.
Mas, respondendo a sua pergunta,
sim, as estratégias alimentares são diferentes.
Sim, doutor, falando ainda sobre todos esses sintomas e tudo mais, e você falou sobre essa urgência de ter o conhecimento das mulheres, especificamente, ter um conhecimento,
e fazer uma pergunta um pouco mais específica, se o senhor poderia citar os sinais aos quais as mulheres precisam estar atentas para procurar com rapidez alguma ajuda profissional especializada para esse problema, especificamente?
Ok,
então, usando aquele questionário lá, se você acha que tem alguma coisa errada nas suas pernas e não sabe o quê,
é bom procurar.
Mas, eu estou falando brincando, não risada, porque é uma pergunta super subjetiva, mas entram várias questões aí.
Então, são pessoas que já passaram em vários médicos, muitas vezes têm essa queixa e não conseguiram resolver a queixa. Fizeram vários tratamentos, tratamentos muitas vezes estéticos, já tentaram
não ter muito viés,
mas fez um monte de coisa e não deu certo, tentou emagrecer as pernas, não conseguiu.
Quem tem essa dificuldade, tem dor, tem sensibilidade ao toque, tem esses ruchos que aparecem e muitas vezes são chamados de fragilidade capilar,
devem sim procurar ajuda especializada.
Acho que antes mesmo de procurar ajuda especializada é se integrar do assunto.
Hoje em dia tem a Associação Brasileira de Lipedema, que é uma associação sem fins lucrativos. O site é www.lipedema.org.br e que tem informações úteis e que ajudam essas pessoas. Então,
a primeira fase é a pessoa se depara com essa informação.
Como não é muito falado, a gente está falando aqui numa rádio, eu tenho certeza que várias ouvintes vão falar, nossa, ele deve estar falando comigo,
e o que eu faço agora? O que faz agora? Começa a ler sobre o assunto,
é a primeira coisa,
e aí depois você já vai encontrar um monte de coisa que pode ser feita, que eu já comentei aqui, de dieta, exercício,
e já começa a fazer, mas vai em busca de ajuda especializada, que tem muito que a gente pode melhorar também.
Doutor, eu li que algumas pacientes, muitas vezes, que têm lipedema, elas apresentam pés gelados.
Isso é verdade? Isso é comum?
Pode acontecer, os pés gelados, parte da perna gelada,
normalmente isso está associado com um hipotiroidismo, ou com hipotiroidismo às vezes subclínico também.
Tem várias razões para isso acontecer, entre elas até o hipotiroidismo desencadeado pela intolerância alimentar,
que está associado ao lipedema, não é necessariamente o lipedema direto que faz a perna ficar gelada,
mas é sim muito frequente.
E tem alguma coisa que eu desculpe? Uma coisa interessante que eu deixei de falar, é que há uma,
a doença poupa os pés e as mãos, então,
tem o tornozelo largo, tem a coxa larga, mas os pés são normais,
a não ser na fase mais avançada da doença, onde já tem o lipedema associado.
E tem alguma relação, os pés gelados, tem alguma relação com pressão baixa, não? Não tem nada a ver?
Não, com a pressão baixa, não. Isso é interessante, eu fiz uma pesquisa recente e mostrou uma associação que não tinha aparecido no restante do mundo do lipedema,
que seria até com a pressão alta,
mas assim, isso é muito embrionário ainda para bater o martelo de que isso tem alguma relação significativa.
E o lipedema, ele pode ocasionar algum tipo de trombose?
Não, não, essa é uma pergunta super frequente, mas eu vou falar o porquê também que desencadeou essa dúvida.
Por causa da vacinação para o COVID, por causa do COVID, o COVID é uma doença inflamatória e a vacinação ou qualquer medicamento, qualquer coisa que se faça que seja uma agressão ao nosso corpo vai desencadear um processo inflamatório.
E o lipedema, ele piora com processos inflamatórios. Então,
muitas vezes, as pessoas têm o COVID
e desencadeia toda a sensação de dor, piso,
a deposição de gordura, tudo nas pernas, mas por causa da inflamação,
não por causa da trombose. Aí vem o medo da trombose.
Mas assim, a inflamação a gente trata, isso não é para deixar de tomar vacina, pelo amor de Deus, por causa disso. As pessoas ficam com medo, acabam ficando com medo, acabam não tomando a vacina, exatamente por isso mesmo. Eu escutei já várias pessoas falando isso mesmo.
Estavam com medo de ficar com trombose. Mas assim,
até falando de trombose, porque eu sou cirurgião vascular, eu posso falar de trombose também,
não adendo aí, não ao lipedema, né? O risco de trombose da vacina é extremamente baixo, o risco de trombose da doença é alto. Então, não faz sentido, né? A gente evitar algo que vai fazer bem e evitar um… Mas vamos voltar ao assunto lipedema. Não, imagina,
ajudar.
Existe algum tratamento natural para as pessoas, doutor? Algum tratamento que elas poderiam estar fazendo?
Então, eu considero a dieta e o exercício um tratamento natural, né?
A alimentação correta, o exercício correto, não deixa de ser natural.
Existem suplementos que podem ajudar também, principalmente os suplementos que diminuem a inflamação,
mas aí eu prefiro não falar, porque senão as pessoas vão sair tomando sem critério. Com certeza.
Melhor avaliação médica. Brasileira adora isso.
É.
Doutor,
as pessoas que têm lipedema, elas podem trabalhar normalmente em qualquer emprego?
Pode, trabalhar pode. Pode ter alguma dificuldade com relação ao uso de botas, por exemplo.
Uma queixa muito frequente das mulheres com lipedema é que não conseguem usar botas, né?
Botas, assim, para uso social,
mas isso também serve para botas de uso laboral, né?
Então, deve causar uma certa dificuldade,
mas poder trabalhar pode, nada impede. Agora,
existem gatilhos inflamatórios que podem estar no próprio trabalho, né?
Então, o que eu vejo muito frequente são pessoas extremamente estressadas por causa do trabalho.
E aí, o que a gente vai fazer, né? Eu vou proibir de trabalhar? Não posso fazer isso. Não dá, né? Com estresse a gente tem… Ou a gente consegue mudar o meio externo, né? Às vezes a gente consegue. Ah, é uma pessoa que me deixa estressado. Se afasta dessa pessoa, pelo amor de Deus.
Exato.
Exato.
E a gente tem que trabalhar dentro da gente.
Como que a gente vai lidar com esse estresse?
São questões, assim, nuâncias do mesmo problema.
Doutor, o senhor já presenciou alguma pessoa que foi diagnosticada com essa doença?
Após o diagnóstico da doença, ela ficou aliviada ou elas costumam ficar mais depressivas porque descobrem a doença?
Puxa, essa pergunta é muito legal.
Muito legal.
O mais frequente…
Segundo, tem nome isso que eu sinto.
Terceiro,
não foi culpa minha.
Porque são pessoas que passaram a vida ouvindo… Olha, a obesidade é culpa sua. Você que come escondido. Você que está fazendo errado. Você que não está fazendo exercício. Muitas vezes elas fizeram tudo isso. Fizeram a dieta certinho,
só não deu certo.
E aí,
isso se chama viés anti-obesidade.
Hoje tem um nome bonitinho, que é a gordofobia. Mas esse viés anti-obesidade acaba transferindo para o paciente a culpa.
Então a culpa é sua. A culpa é você que fez errado. Só que, na verdade, a culpa é de quem não diagnosticou a doença.
De quem não passou o tratamento correto. Então a grande maioria das mulheres tem uma sensação de alívio na hora. Muitas vezes só a informação do diagnóstico já é o suficiente para elas relaxarem.
Nossa, não foi culpa minha.
Elas aproveitam ao máximo essa sensação do não foi culpa minha
para depois passar para uma outra fase, que é bem interessante, que é a fase da aceitação. Na fase da aceitação,
ok, eu entendo que é um problema no meu corpo e que eu sou responsável por ele. Não é culpa minha, mas agora que eu tenho informação, agora eu tenho a responsabilidade.
Agora eu vou ter que fazer as coisas certas para ter um resultado.
E aí elas vão em busca da melhora. E é muito… Eu fico muito satisfeito de ver essa melhora, essa mudança da chavinha lá no cérebro,
na percepção da mulher pelo próprio corpo. É muito legal mesmo.
Sim, interessantíssimo esse assunto. E alguém que se interessou para poder estudá -lo e nos ajudar aí. Ajudar todas as mulheres que têm essa dificuldade, a pouca porcentagem de homens também. Mas que resolve nos ajudar aí, dar uma solução para os problemas, para esse tipo de problema das pernas, esse mistério das pernas aí que as mulheres têm. Mistério das pernas é boa, vou usar esse termo.
É verdade, doutor. Fiquei muito feliz mesmo com a sua entrevista.
Isso é de grande valor para nós. Sem dúvidas. Doutor, até falando nesse assunto, até para ter mais conhecimento, onde as pessoas podem encontrar o senhor? Quais suas redes sociais? Onde posso acompanhar um pouco mais sobre o seu trabalho também?
Eu estou no Instagram,
é arroba.dr.alexandreamato. E no YouTube, tem o nosso canal do YouTube que é o Instituto Amato.
Eu falo bastante, tenho uma playlist enorme de lipedema lá, para quem se identificou com o problema e quiser começar a se aprofundar no assunto. Eu falo bastante nessas duas mídias sociais.
Ótimo, maravilhoso.
Doutor, muito obrigada pela entrevista de hoje e eu espero que o senhor venha mais vezes.
Eu que agradeço pelo convite.
Muito obrigada.
Nós vamos chegando ao final do nosso programa já. Dois minutinhos, né, Judá?
Obrigado, Judá, por essa manhã. Obrigado por hoje. Muito obrigado, doutor. Muito obrigado, Raquel. E muito obrigado a todos os nossos ouvintes que nos acompanharam numa…
Clube FM Liberal Americana
Embarque nesta jornada intrigante e esclarecedora, onde o Dr. Alexandre Amato desvenda os mistérios do lipedema, uma doença genética pouco conhecida, mas que afeta milhões de mulheres no Brasil e no mundo. Descubra os principais sintomas, os fatores desencadeantes e os tratamentos disponíveis para essa condição que pode comprometer a qualidade de vida de quem sofre com ela.
Com dicas práticas e informações valiosas, este vídeo é essencial para todos que desejam entender melhor o lipedema e ajudar a combater o estigma associado a essa doença. Não perca a oportunidade de conhecer mais sobre esse tema instigante e transformador. Assista agora e junte-se à luta por mais conscientização e apoio às mulheres que enfrentam o lipedema diariamente. Você não vai querer perder essa conversa fascinante e esclarecedora!
No vídeo, o Dr. Alexandre Amato discute o lipedema, uma doença genética que afeta principalmente mulheres e envolve a deposição de gordura doente nos membros inferiores e superiores. Ele destaca a importância da conscientização sobre o lipedema, pois estima-se que cerca de 11% das mulheres brasileiras sofram com a doença.
O lipedema pode causar dor, cansaço, inchaço e celulite estética, sendo frequentemente confundido com obesidade. Além disso, a doença pode ser desencadeada por fatores como desequilíbrios hormonais, alimentação inadequada e sedentarismo. O tratamento envolve a adoção de hábitos de vida saudáveis, como alimentação anti-inflamatória e exercícios físicos de baixa intensidade e alta frequência.
O Dr. Amato também responde a perguntas dos ouvintes sobre a doença, esclarecendo que o lipedema é genético, mas pode ser controlado com a adoção de hábitos de vida saudáveis. Ele também aborda a questão das meias de compressão, que podem ajudar no alívio dos sintomas, mas não devem ser usadas como tratamento isolado.
Por fim, o médico discute a relação entre lipedema e câncer, explicando que não há evidências de que a doença evolua para câncer, mas que o tratamento inadequado do lipedema pode levar a inflamações em outros órgãos.
No contato com o doutor Alexandre Amato. Tudo bom, doutor Alexandre?
Tudo bom. Muito prazer. Muito obrigado pelo convite.
Imagino. O prazer é nosso. Nós é que agradecemos ao doutor por disponibilizar parte do seu tempo para falar deste assunto tão importante.
Então, vamos lá. O que é lipedema,
para as pessoas que estão nos ouvindo entenderem, já que nós estamos em julho, aí é o mês da conscientização do lipedema, doutor?
Exatamente. Obrigado por lembrar do mês de conscientização. É muito importante. Porque o lipedema é uma doença que acomete 11% das mulheres,
então é extremamente frequente. A gente pode estimar aí no Brasil um tano de 10, 11 milhões de mulheres sofrendo com o lipedema.
O lipidema é a deposição de gordura nas pernas, nas coxas,
nos membros superiores. É uma gordura doente, uma gordura que inflama muito fácil.
E essa inflamação traz sintomas. Vai trazer sintomas como dor, cansaço,
piso,
lixar-se nas pernas.
Mas muitas vezes faz uma outra coisa que as mulheres se incomodam bastante,
que é a famosa celulite.
Não a celulite infecciosa, a celulite que seria a erisipela, mas aquela celulite estética mesmo. Aquela celulite que incomoda de mostrar as pernas, de mostrar as coxas.
E ela pode ser decorrente do lipedema.
Então, o lipidema causa uma desproporção entre o corpo superior e o corpo inferior. O que é isso?
É uma mulher que tem o corpo superior, ou seja, a cintura para cima, mais fino.
E da cintura para baixo,
é mais grossa. Então, muitas vezes isso é confundido com obesidade.
Perfeito, doutor. Agora, tem uma pergunta aqui,
que é da Roberta,
e a Roberta é a mamãe Estela.
Eles perguntam aqui, eles estão lá da cidade de Nova Odessa. Existem fatores que fazem as mulheres serem mais atingidas? Alguns fatores fazem com que elas sejam mais atingidas?
Ah, sem dúvida que tem.
É uma doença genética, então isso é passado de forma hereditária.
Mas não tem os fatores externos que influenciam demais. Tanto que tem gente que carrega a consciência da doença,
mas não necessariamente expressa a doença. Pode passar a vida toda sem tê-la.
Agora,
quais são esses fatores? O primeiro deles é a influência hormonal.
Tanto é a influência hormonal que os momentos de aparecimento da doença, normalmente depois da puberdade,
depois de uma dietação ou depois da menopausa.
Agora, existem outros fatores,
como o alimentar.
O alimentar é muito importante. Então, existem alimentos que causam uma inflamação, uma inflamação crônica de baixo grau. E essa inflamação pode desencadear ou mesmo perpetuar a inflamação do IPD-MA. Então, já falei dos fatores hormonais, já falei do fator alimentar.
O exercício físico, o exercício físico que se faz para ter exercício em questão de obesidade,
ele não é efetivo no IPD-MA.
Alguns medicamentos podem desencadear o IPD -MA.
Algumas outras doenças podem desencadear a inflamação. Também pode ter um gatilho inflamatório por IPD-MA.
Esses são os principais, que a gente tem que ficar sempre atento. Basicamente,
a gente tem sempre que buscar atos de vida saudáveis.
Esse é o principal. Ele começa a sair um pouquinho da linha,
os sintomas começam a aparecer.
O doutor,
o Anderson Nascimento,
ele está na estrada ouvindo a gente pelo aplicativo móvel.
Está vindo da Bahia para o estado de São Paulo, está no estado de Minas Gerais, está nos ouvindo.
Estou te ouvindo aqui, Joel Vila-Lobo, pelas estradas de Minas. Eu quero que você faça uma pergunta para o doutor aí.
Ele está perguntando se o IPD-MA é uma doença genética.
Sim, sim, é uma doença genética. Mas veja, é bem interessante.
A gente sabe que ela é genética porque ela tem todas as características de uma doença genética. Ou seja, ela passa de família hereditária,
de mãe para filha. Ela pode passar pelo lado paterno. Apesar de ser uma doença que acomete a grande maioria das mulheres,
você pode herdar isso do lado paterno também. A questão é que a doença acaba pulando essa geração do homem.
Então, ela tem todas essas características,
mas por outro lado, apesar de a gente ter toda essa tecnologia hoje em dia,
a gente não conseguiu ainda identificar quais são, ou qual o gene que acomete e que causa o IPD-MA.
Agora, tudo isso porque é uma doença de alta frequência. Eu vou explicar isso.
As doenças de alta frequência, como diabetes, por exemplo, que pode ter um fator genético,
não é um gene apenas que acomete. Então, são vários genes. Então,
uma pessoa que tem diabetes pode ter um gene acometido, ou outra pessoa tem outro gene acometido. Mesma coisa com o IPD-MA.
Agora, doenças raras, normalmente é um gene só.
E essas, é muito mais fácil identificar esse gene. A gente pega um grupo pequeno de pessoas que tem essa doença,
faz o genoma e acaba identificando esse gene. Agora, se a gente tem várias pessoas com genes diferentes,
a gente pode colocar todas elas num grupo, avaliar o genoma de todo mundo e a gente não consegue identificar qual foi o gene que se repetiu,
a variação que se repetiu nesse grupo. Então, fica muito difícil identificar, por incrível que pareça. Então, essas doenças mais prevalentes, mais frequentes,
a gente tem uma dificuldade maior de identificar exatamente qual que é aquele pontinho no cromossomo que está causando o problema.
Mas respondendo a pergunta dele, sim, é uma doença com todas as características genéticas.
Agora,
então, não existe forma de evitar o problema, doutor?
Sabe, essa pergunta é muito legal, porque remete a um outro aspecto.
Imagina, a mulher faz o diagnóstico do IPD -MA e aí ela tem uma filha.
E aí ela fica preocupada. O que eu faço com a minha filha? Que pode apresentar essa doença. Eu sofri tanto dessa doença durante a vida. Todos esses sintomas na perna. Tanto tempo para diagnosticar. Agora estou correndo atrás do tratamento, mas o que eu posso fazer com a filha?
E eu costumo falar o seguinte,
implantar desde cedo os atos de vida saudáveis.
Então, quando a gente pega uma paciente que já com seus 80 anos, que sofreu a vida toda com o IPD-MA,
é difícil mudar o ato de vida. Como é que eu vou mudar a alimentação de uma senhora que passou a vida toda comendo de um jeito e agora vou tentar mudar basicamente, radicalmente,
todos os conceitos que ela carrega a vida toda de alimentação?
É difícil. Exercício físico também.
Se a pessoa fazia um exercício físico que é errado pelo IPD-MA,
é difícil mudar.
Agora, se a gente coloca desde cedo os atos de vida saudáveis e os princípios saudáveis,
essa pessoa pode carregar a doença, mas nunca expressar os sintomas.
Pode não ter nada durante a vida.
Então, buscar sempre uma alimentação mais anti -inflamatória, uma alimentação saudável.
Tentar evitar tríceps, glúten e outros fatores inflamatórios. Dentro do exercício físico, buscar os exercícios de mais baixa intensidade e mais alta frequência.
Um tipo de exercício que é muito bom são os exercícios na água. São excelentes para ajudar a controlar os sintomas do IPD-MA.
Agora, eu vejo muitas mulheres que têm IPD -MA e estão controladas. Estão controladas porque, durante a vida, elas foram identificando quais são os fatores que, para elas,
causavam uma mudança maior.
Então,
não é uma coisa tão dramática.
O problema é quando você entra em uma crise inflamatória e não consegue identificar o fator.
E aí, essa crise inflamatória se perpetua.
Enquanto está inflamado, vai tendo uma deposição maior de gordura. Então, a perna vai crescendo, o tornozelo vai crescendo. O pé,
normalmente, é culpado.
Então, a coxa também cresce, a celulite. Muitas vezes, essa dor com sensibilidade ao toque. Então, tem mulheres que sofrem por muito tempo.
Com isso, não conseguem identificar a causa.
Mas,
eu consigo resumir tudo isso em uma palavrinha só. É autoconhecimento.
Autoconhecimento.
Autoconhecimento pode parecer simples. Conhecer o próprio corpo.
Mas, a gente não nasce com um manual de instrução.
E o manual de instrução de uma pessoa é diferente de outro. Então, a gente tem que ter todo esse processo de autoconhecimento para entender o que funciona para si mesmo.
Doutor,
estão perguntando aqui como é que nós te encontramos nas mídias sociais.
Puxa vida! Agradeço a pergunta.
Eu estou no Instagram.
É arroba.br do doutor.alexandreamato. Estou lá. Espero continuar conversando sobre açúcar. Porque eu faço bastante coisa sobre isso lá. E o doutor atende aonde?
Eu estou aqui em São Paulo. Em São Paulo.
Perfeito.
Então,
tem uma outra pergunta que nós gostaríamos de fazer para você.
Que nós já aprendemos aqui.
Que ela é uma doença genética.
E aí, só para lembrar. Naquela pergunta que eu fiz. Até que o doutor colocou uma pergunta muito boa. Que já era uma preocupação para a mãe que está esperando uma menina, um bebê.
Então, não existe formas de evitar o problema. Não tem jeito.
Ele passa de mãe para filha. Responda aí para a gente mais uma vez, para tirar essa dúvida.
Então, ele vai passar de mãe para filha. O gênio. Mas esse gênio pode ficar dormindo. Ele não precisa acordar. Porque tem um gatilho inflamatório.
Se essa pessoa não tiver esse… Talvez eu tenha divadado um pouquinho. E não tenha falado o ponto crucial na resposta anterior.
Mas se a gente mantém essa pessoa com ácidos e vidas saudáveis. Ela não vai ter o gatilho inicial da doença.
Então, ela pode carregar o gênio.
E pode não expressar a doença.
Essa é a situação perfeita. Para quem tem o problema. A questão é que ela vai ter o problema. Vai ter a genética para isso. Mas também nunca vai identificar.
Porque não vai procurar o médico. Não tem a queixa. Não vai encadear a busca ativa. Para a solução para o problema. Porque o problema não existe.
pessoalmente. Eu acredito que tenha muitas mulheres por aí.
Que carregam esse problema. E nunca tiveram a doença que se expressou. Exatamente porque elas se vestiram com uma vida mais saudável.
Então,
eu acredito diamente que é possível, sim, evitar.
Sempre olhando para a alimentação. O fator alimentar é muito importante. Eu vou até entrar um pouquinho mais nesse mérito.
Porque,
a medida que a sociedade foi se envolvendo.
A alimentação, ela teve que suprir as necessidades de uma população muito maior.
E, para isso.
Pesquisa, investimento, agricultura, tudo mais. Mas alguns alimentos foram envolvidos. Exatamente para suportar toda a população.
E esses alimentos. Eles não necessariamente eram tão frequentes assim na nossa alimentação.
Eu vou dar um exemplo.
O milho. O milho é curioso. O milho, se não me engano, posso errar um pouquinho o número. Mas a informação continua sendo interessante. O milho original, lá atrás, ele tinha 11 cromossomos.
O milho que a gente come hoje em dia tem 33 cromossomos.
Foram tantas modificações genéticas em cima do milho. Para ele produzir mais. Para tentar mais energia. Para conseguir plantações melhores. Para as plantações não morrerem com pragas e tudo mais.
Que o milho atual, ele não tem nada a ver com o milho que nossos ancestrais comiam há 100, 200 anos atrás.
Então,
quanto que teve de modificação aí? Quanto o nosso corpo é capaz de absorver essas mudanças?
São coisas que ninguém sabe responder.
Pode ser pouco, pode ser muito. Mas o que eu vejo na prática é que o lipedema acaba absorvendo.
Tudo isso de inflamação alimentar, vale para todo mundo. Mesmo para quem não tem lipedema.
Agora, quem tem lipedema,
o lipedema vai absorver essa inflamação e aí ele aparece como um sintoma.
Então, por exemplo, eu e você. A chance da gente ter lipedema é próxima de zero.
Agora, a gente pode ter uma inflamação alimentar, mas os sintomas apareceriam em outras órgãos. Pode ter uma questão de ácido intestinal, como diarreia, constipação. Pode ter dor, pode ter gases, pode ser um monte de coisa.
Porque a gente não tem lipedema para absorver isso. Agora, a mulher que tem esse lipedema, ele vai funcionar mais ou menos como um escudo para essa inflamação.
Qualquer agressão que vem de fora,
que seria essa agressão alimentar,
ele absorve e apresenta os sintomas.
Tanto que um dos tratamentos para o lipedema é a liposfiração.
E a liposfiração,
a gente acaba tirando esse escudo.
A gente melhora os sintomas. A paciente realmente tem uma melhora impressionante. 60% de melhora nos sintomas em seis meses.
Mas a questão é, a gente tirou essa gordura que absorvia essa inflamação. A inflamação vai aparecer em outro lugar se a gente não identificar a causa dela e tratar pela raiz.
Não é necessário. É necessário a gente fazer um tratamento mais global. A gente tem que ter um tratamento conservador antes de pensar no cirúrgico. O doutor, tem uma pergunta aqui da Maria Estela de Oliveira.
A Maria é da cidade de Mão Coté. Ela está perguntando se as meias com compreensão ajudam a prevenir.
Foge um pouquinho do lipedema. Não foge não. Ela pegou na veia. E me ajuda.
Então, olha que interessante.
Muitas vezes o paciente tem dor, peso, cansaço, inchaço na perna, vai para o cirurgião vascular.
Mas muitas vezes o colega pode não identificar o lipedema.
Mas muito mais frequentemente ele acaba passando uma meia elástica.
E a meia elástica ajuda sim. Ela ajuda tanto no lipedema quanto na doença venosa.
A questão é que quem está em uma fase muito inflamatória, muito dolorida do lipedema,
pode não conseguir usar a meia elástica.
Mas a meia elástica ajudaria.
Essa é a grande questão.
Então, para a doença venosa, a gente passa uma meia elástica com uma compressão muito mais alta também.
E para o lipedema não há necessidade. Porque a meia elástica não vai diminuir a gordura e também não vai…
As mulheres falam que tem retenção límpida na perna quando tem lipedema. Mas, na verdade, esse lípido está dentro da célula. Então, a gente não aguenta colocar a meia elástica que não vai enxugar a célula.
Mas ela melhora nos sintomas. Melhorando o retorno linfático, melhorando… Fazendo um estímulo na pele também melhora esse retorno linfático.
Então, tem sim uma melhora sintomática. É uma ferramenta útil sim no controle do lipedema. Mas eu nunca uso isoladamente.
Sozinho eu acho que ajuda, mas não resolve.
Perfeito. Esse é o Bate-Papo Clube.
Agora,
doutor,
uma pergunta que vem da Juliana Cristina Costa.
Juliana está perguntando… A doença pode ser confundida com linfedema e obesidade? Quais as diferenças e por que a confusão é tão comum, doutor?
Pois é, né?
Esse é o grande carma do lipedema.
Primeiro é o nome, né? O lipedema até parece com o linfedema. A gente tem que falar até devagar pra pessoa entender qual dos dois que a gente está falando. Mas são doenças completamente diferentes.
O lipedema, na sua fase mais avançada, que é o lipolinfedema, até tem associado ao linfedema.
Mas,
efetivamente, são doenças diferentes. No linfedema, há um represamento do líquido linfático.
esse líquido é assimétrico. Uma perna vai ser diferente da outra. Uma perna vai ser maior do que a outra.
No linfedema, não.
Esse líquido não está represado lá dentro da célula e ele é simétrico. Uma perna é igual à outra. Essa é a característica principal. Agora, tem uma característica de sintoma também que é muito clara e fácil de exemplificar. Que é a dor.
O lipedema dói. O lipedema tem dor ao toque.
Principalmente na fase inflamatória. O linfedema nunca dói. Nunca dói. A não ser que tenha uma infecção associada.
Agora, com a obesidade, também há uma frequência muito grande de confusão. Porque, imagina, a mulher tem um acúmulo de gordura grande nas pernas. Essa perna vai crescendo.
O peso na balança também aumenta. Lógico, né?
Agora, o que a gente usa como critério para diagnosticar a obesidade? É o IMC,
o índice de massa corpórea. O índice de massa corpórea é relativo ao peso e à altura.
Se você aumenta o peso, o IMC vai aumentar e você pode acabar entrando em uma categoria de obesidade. Mas a mesma coisa com um halteroxidista, por exemplo. O cara que faz um monte de exercícios extremamente musculoso. Ele aumenta o peso e ele pode entrar em uma categoria de obesidade. A questão é que o extremamente musculoso é fato de bater o olho e você falar. Já sabe que não é obeso.
Agora, no lipedema, não. Porque você vai ver gordura.
A questão vai ser a distribuição.
Então, diferente do lipedema para obesidade,
é a distribuição.
A distribuição em membros é característica do lipedema.
E, de novo, a obesidade não dói. A obesidade não tem sintoma inflamatório.
A obesidade não tem sensibilidade ao toque.
Então, é por isso que a gente vê muita confusão e por isso que a gente tem que alertar. Tem muita gente andando por aí com diagnóstico de obesidade e, na verdade, é um lipedema.
E a mesma coisa com o linfedema.
Infelizmente. Este é o Bate-Papo Clube.
Hoje nós estamos aqui com o Dr. Alexandre Amato,
cirurgião vascular e professor do curso de Medicina da Universidade de Santo Amaro, Almiza.
Essa faculdade, eu acho, se não me falho a memória, já atravessa cinco décadas, cinquenta anos, não é?
Sim, é uma faculdade bem antiga aqui em São Paulo.
Tem bastante história.
Agora a gente percebe aí, no pouco de conversa que a gente teve até agora, nesse dia de prosa entre você e eu, que você é apaixonado pelo que faz.
Como é que mantém essa paixão viva pela propição, assim, por tanto tempo?
Puxa, que pergunta legal.
Chegou na alma, né?
A gente fica sempre esperando responder alguma coisa mais técnica, né? Mas aí você pega no trio, né?
Olha,
eu estou estudando, trabalhando com lipedema já há oito anos, quase uma década. E foi uma injeção de energia esse assunto para mim. Porque eu vi tanta gente precisando, tanta gente necessitando de ajuda e com falta de informação,
que eu adotei esse assunto como o meu objetivo de vida. Ajudar o máximo de mulheres possível.
E eu tenho certeza que não é nem no meu consultório que eu vou conseguir fazer isso. Porque o meu tempo está limitado no consultório. Mas com isso que eu estou fazendo agora, divulgando,
falando o que existe,
ajudando os meus colegas a trabalhar com isso, a diagnosticar, a tratar o lipedema. E aí, sim, a gente acaba ajudando as pessoas. No final, a gente entra numa faculdade de medicina tendo esse objetivo.
No final, é isso. Se a gente não ajudar ninguém, o que adiantou tudo, né?
Bacana, hein, doutor? Que bonito isso.
Que bonito quando você adotou,
estudar, se dedicar ao lipedema para ajudar.
E colocar em prática, pelo amor de Deus, não estou falando de religião, mas um mandamento bíblico de ajudar o próximo.
Ajudar o próximo, sendo bíblico ou não sendo bíblico,
se todo mundo adotasse,
o mundo seria muito melhor, com certeza.
Muito bem, esse é o Bate-Papo Clube. Eu tenho uma pergunta aqui, doutor, da dona Antônia Pereira. Ela está perguntando, Joel, pergunta aí para o doutor Alexandre Amato se lipedema pode evoluir para câncer. Pergunta boa. Eu desconheço, você responde pra gente, doutor.
Legal. Olha, ela falou lipodema,
e na Alemanha é lipoedema que chama.
Ah,
tá. Mas ela está falando de lipedema, é isso?
É lipedema. É lipedema.
É, mas não está errado. Não estou corrigindo, não. É uma curiosidade até de terminologia.
Mas não evolui para câncer, não, tá?
Não tem nenhum trabalho mostrando que há alguma evolução para câncer. Qualquer coisa que eu falar, além disso, vai ser achismo meu.
Eu até posso dar o que eu penso com relação a isso. Como eu enxergo o lipedema como uma defesa do organismo,
um escudo a esses agentes inflamatórios externos ou não, se a gente tira esse lipedema, você vai ficar mais sujeita à agressão da inflamação em outros órgãos.
Então, assim, teoricamente, poderia ser possível um aumento de câncer em outros órgãos,
caso não seja feito o tratamento da inflamação e seja feito a retirada cirúrgica da lipoaspiração do lipedema. Mas isso aí,
de verdade,
está no nível de evidência, opinião de especialista.
Não passa além disso.
Perfeito. Bate o papo, Clube. Doutor, para finalizar,
por que que essa doença faz com que apareçam mematomas frequentes nas pernas e como se trata o lipedema?
Ok, vamos lá. Então, a fragilidade capilar que ocorre no lipedema,
ventadeada pela inflamação, é a razão pela qual ocorre esse aumento de ruxos.
Normalmente não é hematoma, é epimose, mas isso é uma diferenciação mais técnica.
O hematoma forma acúmulos largos de sangue.
A epimose, normalmente, o sangue meio que se dissipa na superfície. Mas a gente pode resumir tudo, sendo esses roxinhos na perna que aparecem,
muitas vezes, sem uma razão. Você não consegue lembrar onde bateu.
Ou aparece ruxo muito frequentemente demais. Isso aí é causado pela fragilidade capilar do corrente do lipedema.
Então,
é assim, é muito frequente acontecer.
Doutor, muito obrigado por ter participado aqui com a gente. Um baita abraço para você. Continue apaixonado por aquilo que você faz, porque a paixão move o homem a fazer cada dia melhor aquilo que ele escolheu para a sua vida.
Sem dúvida. Eu que agradeço o convite.
Foi uma oportunidade ímpar. Fique com Deus. Uma boa tarde.
Boa tarde. Fui de bom. Tchau, tchau.