O lipedema é uma condição crônica frequentemente mal compreendida, levando ao preconceito e à desinformação tanto na sociedade quanto entre profissionais de saúde. A falta de conhecimento e o estigma dificultam o diagnóstico, o acesso ao tratamento e o bem-estar emocional das pessoas afetadas.
Desafios Enfrentados
Preconceito e Estigma: Mulheres com lipedema relatam exclusão social, gordofobia e julgamentos sobre seu corpo, sendo frequentemente vistas como pessoas sem força de vontade ou autocontrole [1] [2] [3].
Desinformação Médica: Muitos profissionais de saúde desconhecem o lipedema, confundindo-o com obesidade ou linfedema, o que resulta em diagnósticos errados e orientações inadequadas [4] [5] [3] [6] [7] [8].
Impacto Emocional: O preconceito e a falta de apoio geram sofrimento psicológico, baixa autoestima e insegurança quanto ao futuro [2] [1] [9].
Estratégias para Lidar com o Preconceito e a Desinformação
Estratégia Detalhes Citações
Buscar informação de qualidade Procurar fontes confiáveis e grupos de apoio especializados em lipedema [2] [5] [3] [4] [7]
Educação e conscientização Compartilhar informações com familiares, amigos e profissionais de saúde [5] [3] [4] [8]
Apoio psicológico e emocional Buscar suporte de psicólogos, grupos de apoio e redes sociais [2] [1] [9]
Advocacia e participação em campanhas Engajar-se em movimentos de conscientização e políticas públicas para maior visibilidade da doença [5] [3] [4] [8]
Consultar profissionais especializados Procurar médicos e equipes multidisciplinares com experiência em lipedema [4] [7] [8]
O que ainda é necessário
Capacitação de profissionais de saúde: Inclusão do tema em currículos e treinamentos [4] [8].
Campanhas públicas: Aumentar a visibilidade e o entendimento sobre o lipedema na sociedade [5] [3] [4] [8].
Diretrizes clínicas claras: Para diagnóstico e tratamento adequados [7] [8].
Conclusão
Lidar com o preconceito e o desconhecimento sobre o lipedema exige informação, apoio emocional e engajamento em ações de conscientização. Buscar profissionais capacitados e fortalecer redes de apoio são passos fundamentais para melhorar a qualidade de vida e combater o estigma.
References
- Melander, C., Juuso, P., & Olsson, M. Women’s experiences of living with lipedema. Health Care for Women International. 2021; 43. https://doi.org/10.1080/07399332.2021.1932894
- Dahlberg, J., Nylander, E., Persson, M., & Shayesteh, A. An uncertain uphill battle – experiences and consequences of living with lipedema. International Journal of Qualitative Studies on Health and Well-being. 2023; 19. https://doi.org/10.1080/17482631.2023.2300152
- Buck, D., & Herbst, K. Lipedema: A Relatively Common Disease with Extremely Common Misconceptions. Plastic and Reconstructive Surgery Global Open. 2016; 4. https://doi.org/10.1097/GOX.0000000000001043
- Bagatir, N., Cinar, C., Akansel, A., Atasoy, M., Bucak, O., Oztop, P., & Coşkun, E. Lipedema awareness and knowledge level among medical doctors in Turkey: A cross-sectional study highlighting the diagnosis and treatment gap.. Phlebology. 2025 https://doi.org/10.1177/02683555251332998
- Buso, G., Depairon, M., Tomson, D., Raffoul, W., Vettor, R., & Mazzolai, L. Lipedema: A Call to Action!. Obesity (Silver Spring, Md.). 2019; 27. https://doi.org/10.1002/oby.22597
- Van La Parra, R., Deconinck, C., Pirson, G., Servaes, M., & Fosseprez, P. Lipedema: What we don’t know.. Journal of plastic, reconstructive & aesthetic surgery : JPRAS. 2023; 84. https://doi.org/10.1016/j.bjps.2023.05.056
- Mortada, H., Alhithlool, A., AlBattal, N., Shetty, R., Al-Mekhlafi, G., Hong, J., & Alshomer, F. Lipedema: Clinical Features, Diagnosis, and Management. Archives of Plastic Surgery. 2024; 52. https://doi.org/10.1055/a-2530-5875
- Halk, A., & Damstra, R. First Dutch guidelines on lipedema using the international classification of functioning, disability and health. Phlebology. 2017; 32. https://doi.org/10.1177/0268355516639421
- La Torre, Y., Wadeea, R., Rosas, V., & Herbst, K. Lipedema: friend and foe. Hormone Molecular Biology and Clinical Investigation. 2018; 33. https://doi.org/10.1515/hmbci-2017-0076